Uma representação anônima foi protocolada na Câmara em 25 de fevereiro requerendo a perda de mandato do vereador por haver contra ele condenação criminal transitada em julgado. Após a instauração de procedimento na Corregedoria da Casa e a pedido de informações junto ao Tribunal de Justiça do Paraná, o Legislativo Municipal recebeu a certidão de trânsito em julgado.

Na sessão plenária desta quarta-feira (25), Eder Borges usou a tribuna para defender seu mandato. “Estamos diante de mais um absurdo da Justiça Brasileira. Eu serei encaminhado ao conselho de ética porque em 2016, quando aconteceram as invasões de escola que culminaram com a morte de um adolescente, invasões que foram encorajadas pelos marginais da APP Sindicato, eu compartilhei um meme”, disse. “Eles (APP-Sindicato) me processaram por causa disso. Fizeram uma queixa crime que foi recusada, recorreram, fui absolvido, até que alguém da turma recursal resolveu me condenar a 25 dias de detenção, porque, na cabeça de algumas pessoas, um meme é pior que roubar um celular, ‘para tomar uma cervejinha’. E, por causa de um meme, eu posso perder o meu mandato, de acordo com o Regimento desta Casa. Que acende um alerta: é um regimento muito perigoso que precisa ser revisto urgentemente. Por uma questão regimental, vou ao Conselho de Ética e confio no bom senso dos parlamentares desta Casa, porque isso é uma coisa que não faz o menor sentido. Vamos refletir e viva a liberdade de expressão”, declarou.

O presidente da Câmara, Tico Kuzma (Pros) informou que aguarda o recebimento formal da resposta do Conselho de Ética para se posicionar sobre o encaminhamento do caso.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros