Segundo a justificativa da Prefeitura, do montante solicitado, R$ 132,4 milhões seriam reados às empresas para atender as despesas com a equalização da diferença de R$ 0,87 entre a tarifa técnica e a tarifa social. Outros R$ 41,6 milhões seriam utilizados “para atender despesas com material de consumo, serviços de terceiros e de tecnologia da informação e comunicação, para a manutenção do Sistema de Transporte Coletivo”.
Na Comissão de Economia da Câmara, o projeto foi aprovado em uma votação apertada, por 5 votos a 4. Os quatro votos divergentes acompanharam relatório da vereadora Indiara Barbosa (Novo) que condicionava a aprovação da proposição à resposta a cinco questionamentos: “a quantidade de ageiros estimada para 2022; o demonstrativo do cálculo de ageiros estimado de 2022; informações se os meses de janeiro a maio de 2022 tiveram uma quantidade de ageiros pagantes dentro da expectativa, ou não; se no valor considerado, estão previstos reajustes de combustíveis, lubrificantes, e outros custos; e, se sim, como foi feita essa previsão”.
Mesmo com o voto de Indiara sendo derrotado, a Urbs comprometeu-se a responder essas questões até a próxima reunião da Comissão de Economia, que recebe novamente o projeto na próxima quarta-feira, após o encerramento do prazo para a apresentação de emendas.
“A média mensal de ageiros pagantes está em 9,58 milhões por mês. Assim, teríamos uma estimativa de 115 milhões de ageiros no ano de 2022. Mas os R$ 132,4 milhões que a Prefeitura justifica serem necessários apenas para custear a diferença entre a tarifa técnica e a tarifa praticada bancaria os 87 centavos de 152,3 milhões de ageiros. Entendemos que deve haver o subsídio para a tarifa ser mais ível ao ageiro, compreendemos que estamos vivendo uma inflação que impactou demais o preço dos combustíveis, mas para aprovarmos mais esse ree, precisamos de transparência”, comentou Indiara.
O vereador Dalton Borba (PDT) também encaminhou pedido de informações à prefeitura questionando, inclusive, a relação da necessidade do aporte suplementar com o atraso nos salários de motoristas e cobradores na semana ada. “Encaminhei ao Executivo dois pedidos de informações para esclarecer inclusive o porquê do atraso do rees dos salários dos cobradores e motoristas, já que havia um indicativo de greve devido ao atraso no pagamento dos salários. O cidadão não pode ser prejudicado no seu direito de ir e vir. O município está fazendo os aportes financeiros e os rees desde 2020, já foram mais de R$ 327 milhões reados ao transporte coletivo. O que vemos aqui em Curitiba é uma torneira aberta vazando dinheiro público para às empresas de ônibus. E o que me preocupa é que os projeto e os pedidos vêm sem um estudo aprofundado, sem um processo istrativo, só vêm com a documentação formal, não há uma prestação de contas e um estudo aprofundado sobre isso”, disse.