“Algumas semanas atrás, o presidente Bush me pediu para avisar Fauci e Birx de que, quando chegar a hora certa, ele quer fazer o que puder para ajudar a encorajar seus concidadãos a se vacinarem”, disse Ford em reportagem da CNN. O chefe de gabinete de Bush ressaltou que “primeiro, as vacinas precisam ser consideradas seguras e istradas às populações prioritárias. Então, o presidente Bush entrará na fila para receber a sua, e ficará feliz em ser vacinado diante das câmeras”. 3t3o6r

O democrata Bill Clinton é outro ex-presidente que quer promover a vacinação. “O presidente Clinton com certeza tomará uma vacina assim que estiver disponível para ele, com base nas prioridades determinadas pelas autoridades de saúde pública. E ele fará isso em um ambiente público se isso ajudar a incentivar todos os americanos a fazerem o mesmo ”, disse o secretário de imprensa do ex-presidente, Angel Urena, também em entrevista a jornalistas.

O presidente Jair Bolsonaro, ao contrário, tem repetido que não vai tomar a vacina. Em 26 de novembro último, o presidente afirmou que "se for certificado pela Anvisa, o governo federal vai comprar esse material (vacina) e colocar à disposição da população de forma gratuita e voluntária", mas insistiu que não aceitará se vacinar. "Eu digo para vocês, eu não vou tomar, é um direito meu", frisou ao enfatizar que já contraiu o vírus e está curado.

Na última quarta-feira (2), Bolsonaro voltou a falar sobre a vacinação contra a covid-19 e disse que não poderá ser cobrado se houver efeito colateral ou "um problema". Afirmou ainda que revelará todos os detalhes de possíveis contratos para compra de vacinas contra covid-19. “Eu vou mostrar todo o contrato para vocês. Quem tomar vai saber o que está tomando e daí as consequências”, declarou.

Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Luiz Inácio Lula da Silva têm defendido a vacinação o mais rápido possível assim que uma vacina for aprovada pela Anvisa, mas nenhum dos dois se dispôs a tomar a vacina como forma de promover a imunização em massa. Posicionamento semelhante tem os ex-presidentes Michel Temer e Fernando Collor de Mello. Dilma Rousseff e José Sarney também se calaram até o momento sobre tomar ou não a vacina contra coronavírus.

No início de novembro, FHC cobrou explicações da Anvisa após a suspensão temporária dos testes da Coronavac, vacina do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. "É lamentável o que está acontecendo: politização da vacina que nos livrará do coronavírus", disse em sua conta de Twitter. FHC não tornou público ainda se tomará vacina contra covid-19.

Em carta aberta divulgada no dia 11 de novembro, Lula afirmou que “não se pode fugir dela: a vacina é um direito de todos, e a vacinação é um dever do Estado”. “Vacina para todos. Pela vida, pela recuperação de empregos e renda, pela dignidade do Brasil e do seu povo”, escreveu Lula sem mencionar se tomará a vacina publicamente para promover a imunização.

Dia muito importante no combate à pandemia. Mais 1 milhão de doses da vacina em solo brasileiro. Confira no vídeo. #VacinaDoButantan #VacinaDoBrasil pic.twitter.com/lFe497KZWu

— João Doria (@jdoriajr) December 3, 2020