Dinheiro para índios precisa ser bem aplicado para não virar ajuda permanente

Falei outro dia do dinheirão que o União Brasil recebe, e da briga interna no partido que certamente é por causa disso: R$ 1,258 bilhão entre os dois fundos, o partidário e o eleitoral. É muito dinheiro, ainda que não venha todo ano, porque o fundo eleitoral só existe em ano de eleição. Mas esse dinheiro todo vem dos pagadores de impostos, do suor de cada um. E não é só isso: o presidente Lula emitiu uma medida provisória criando um crédito especial de R$ 1 bilhão para ajudar os yanomamis. Esse dinheiro também vai sair dos nossos impostos, e fico pensando que isso tem de ser bem aplicado para não ser preciso repetir todo ano. Façam uma vila, botem uma usina geradora de eletricidade, as pessoas am a morar em casas, a ter geladeira, máquina de lavar roupa, como outras comunidades indígenas em Roraima já têm, segundo um cacique me contou.

Por que não? Os yanomamis não são brasileiros como nós? E isso vai protegê-los melhor, a criança não ficará em um barraco rudimentar respirando fumaça de fogueira para se esquentar à noite naquelas altitudes. Por que não? Conforto para todo mundo, como disse uma deputada que é indígena. Por que eles têm que fazer suas necessidades no chão e não em um vaso sanitário, com um sifão para isolar?

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E dinheiro não deve faltar. Sete comunidades indígenas já estão com tudo encaminhado, quase indo para a instância final, pedindo R$ 10 bilhões por danos morais pela hidrelétrica de Belo Monte. Dinheiro do seu e do meu imposto. Nós pagaremos imposto a vida toda, mas não teremos bom serviço público de hospital, de escola, de segurança pública, porque esse dinheiro está indo todo para outro lugar. Não é que dinheiro para os índios seja perdido, mas tem de ser bem aplicado para que não haja mais essa necessidade, não haja mais essa carência, ou não haja ONGs por trás disso, mobilizando indígenas para nadar no dinheiro depois.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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