Vi também que os voluntários estão estabelecendo lei marcial nos abrigos. Quer cachaça? Vai ser expulso. Se tocar numa criança ou numa mulher, não vai para a polícia, não; vai ser justiçado lá mesmo. Não sei como vão fazer isso, mas vi a promessa, falaram em “esmagar” a pessoa. É o rigor na emergência.
A Procuradoria-Geral da República pediu a soltura de Filipe Martins, que está preso desde 8 de fevereiro, mas o ministro Alexandre de Moraes não deixou sair. Martins foi preso porque teria ido com Jair Bolsonaro para os Estados Unidos, mas ele não foi e demonstrou que não foi. Estava no Paraná, apresentou agem, foto, câmeras do aeroporto. Não estava na Flórida. Mas continua preso. A gente imagina que prisão preventiva é porque ele poderia alterar testemunhos, alterar provas, ou coisa assim; ou será para ver se ele confessa alguma coisa incriminando o ex-presidente da República?
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O ministro da Justiça está falando em centralizar a segurança pública. Uau! Vai ter de mudar a Constituição, tirar o nome de “federativa”, será República Unitária do Brasil. Porque estão tirando todo o poder dos estados e municípios; o município devia centralizar o maior poder, depois o estado e por último a União, mas a União já centraliza tributos, dinheiro, ações de saúde e, agora, quer mandar na segurança pública. É assustador o que se tenta fazer do Estado brasileiro: algo parecido com um Estado totalitário, que é um regime centralizado, com censura, em que o poder central pode tudo, inclusive intimidar os cidadãos para que só falem a favor do governo, digam coisas bonitas a favor do governo, em que não podem criticar porque são punidos. Isso é um regime totalitário, não o regime que está na nossa Constituição.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos