O governador, numa república federativa, não deveria ter mais poder que o prefeito. O prefeito é simplesmente o mais importante, porque ele está ao lado do problema, recebendo a reclamação no ouvido; está próximo de tudo. Ninguém dorme no estado, nem na União: as pessoas dormem e moram no município, que é o mais importante. Aliás, faço de novo um alerta: não existe “cidade”. “Cidade” é um aglomerado urbano; não existe cidade como pessoa jurídica de direito público. A pessoa jurídica de direito público é o município. O Brasil está dividido em estados e municípios, e não estados e cidades. Os municípios estão divididos em distritos. Eu não sei, acho que não dão esse tipo de aula, porque eu vejo jornalistas, dia e noite, chamando município de “cidade”. Se fosse assim, a maior cidade do mundo seria Altamira, no Pará.
Um outro assunto que eu queria levar para vocês é esse acidente do ônibus escolar que estava indo para Criciúma. Bateu na traseira de uma caçamba e o motorista morreu. Eram 25 estudantes, 23 ficaram feridos, mas sem gravidade, pois quando a polícia chegou eles já haviam saído do ônibus. Tirando a parte do motorista, o resto do veículo não foi atingido; então, como é que houve feridos? Será por falta do uso do cinto de segurança? Eu uso desde 1967; tive de importar um cinto e instalar no meu carro, pois isso não existia nos carros brasileiros. Fiz para me proteger, pois todo mundo sabe que na colisão o carro para e o ageiro continua na mesma velocidade.
Por fim, que magnetismo parece ter o PT em relação à atividade criminosa! Agora descobrem coisas, pelo que conta o Marcos Valério, que a Rede Record e a Veja divulgaram, que têm ligação com o assassinato de Celso Daniel, com bingo que lavava dinheiro para o PCC. Não estou nem falando das empreiteiras, da Petrobras, da corrupção. Parece um magnetismo, uma coisa incrível essas ligações todas.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos