A estratégia do Partido dos Trabalhadores de não lançar candidato próprio deve ser repetir em outras capitais brasileiras. A expectativa é que a sigla confirme apoio a Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro, João Campos (PSB) no Recife, José Trindade (PSB) em Salvador e Fuad Noman (PSD) em Belo Horizonte. A mudança de estratégia ocorre após um resultado frustrante para o PT, que em 2020 não conseguiu eleger prefeito em nenhuma das 26 capitais brasileiras.
Nas eleições de 2022, Boulos abandonou a pré-candidatura ao governo de São Paulo em apoio ao candidato derrotado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) e hoje ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em troca, o PT prometeu apoio ao psolista nas próximas eleições municipais, desde que a vaga de vice-prefeito seja ocupada por um nome aprovado por Lula. Especula-se que a esposa de Haddad, Ana Estrela Haddad, seja a indicada.
Ao jornal O Globo, o presidente do diretório paulistano do PT afirmou que “apoiar Boulos tem coerência com a estratégia que deu certo na eleição de Lula, de construir uma frente ampla para derrotar o bolsonarismo”. Mesmo assim, o clima interno da sigla ainda é de divergência, como vem demonstrando o secretário nacional de Comunicação do partido, deputado federal Jilmar Tatto, que tem defendido o lançamento de uma chapa petista para a capital de SP.
“Defendo um diálogo honesto, em que o fortalecimento do PT na cidade de São Paulo e do governo Lula sejam prioridades. Precisamos ter uma candidatura em 2024 que esteja comprometida com a defesa do governo no Congresso e a reeleição do presidente em 2026”, postou o deputado, em suas redes sociais, depois de ter classificado e aliança com Boulos como “burra”.
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