Podem anotar: sua fé será usada pelos “progressistas” para pintá-lo como um radical ultraconservador fundamentalista se ou quando não houver mais Ted Cruz na parada. O que dizem de Cruz hoje dirão de Rubio amanhã, caso ele assuma a liderança na disputa Republicana. O que nossa “direita” tucana quer mesmo é gente “progressista” como Hillary e Obama, gente que acaba atacando a religião cristã indireta ou diretamente, que fala em nome das “minorias” enquanto prega mais do “welfare state” que prejudica essas minorias.

Agora Rubio é tido como “moderado” e defendido pelo establishment, mas não vamos esquecer de que ele era ligado ao movimento Tea Party antes. É verdade que teve rusgas com a turma, basicamente por conta de sua postura sobre imigração. Rubio é mais soft nessa área mesmo, mas isso não faz dele um esquerdista, um frouxo. Ao contrário: ele entende que a América foi construída à base de imigrantes, e o certo não é fechar fronteiras, mas receber aqueles que querem agregar ao país, trabalhar.

Sobre o Isis, que fez Monica surtar com as propostas de bombardeio de Cruz (ignorando que Obama mesmo autorizou bombardeios sem aprovação do Congresso), eis o que Rubio tem a dizer:

Em várias entrevistas Rubio tem acusado Obama de ser fraco ou incompetente no combate ao terrorismo islâmico. É um senador que não teme apontar para o problema no próprio Islã, em vez de Obama, que insiste em jamais misturar terrorismo com islamismo, como se fosse apenas coincidência o fato de que todos os ataques são realizados por fundamentalistas muçulmanos, não por judeus ou cristãos. Rubio tem clareza moral e firmeza, duas coisas que Obama não tem, nem Hillary, muito menos nossa esquerda social-democrata tratada como “direita” em nosso país.

Enfim, eis a urgência: os Estados Unidos e o mundo precisam de um presidente Republicano, que lute pelos valores tradicionais que fizeram da América a potência livre que (ainda) é, em vez de, como Obama, queira mudar “fundamentalmente” seu país; que fale mais firme com os inimigos da liberdade e da América; que tenham maior clareza moral; que defendam o livre mercado em vez de tanta intervenção estatal; que desejem resgatar o que fez desta nação o sucesso irado (pelos bons) e invejado (pelos maus) mundo afora.

Cada um tem sua preferência. Ted Cruz, Marco Rubio, ou até mesmo Donald Trump, para falar dos que possuem maiores chances. Sim, até mesmo Trump seria melhor do que Hillary. Os Estados Unidos não aguentam mais quatro ou oito anos de “progressistas” no poder. No cenário atual, a fé cristã de Rubio e de Cruz não é um problema; é uma vantagem! E quem diz isso é um ateu…

Rodrigo Constantino