"O processo penal não é local apropriado para adjetivações exacerbadas, ideologias políticas ou verdadeira caça às bruxas. Precisamos de profissionais do direito isentos, técnicos e comprometidos com a verdade reconstruída a partir da ação penal de acordo com o devido processo legal", disse.
De acordo com Walter Júnior, nos processos da Lava Jato conduzidos por Appio predominou em alguns momentos "a ideologia e se abandonou o tecnicismo". "Isso deve ter um ponto final! Sem dúvida alguma sérios crimes foram cometidos e não podem ficar sem punição, preservando provas validamente colhidas. Se confirmada a hipótese acusatória, condena-se; acaso não confirmada ou provada a inocência, absolve-se. Nada mais, nada menos”, declarou.
O acórdão contra Appio também evidenciou a fama do juiz federal de crítico da Lava Jato e o apoio a Lula nas eleições do ano ado. Entre 2021 e início de 2023, enquanto integrava a 2ª Turma Recursal, o juiz federal assinava como "LUL22" em processos remetidos à época, em um “protesto” contra a prisão do petista.
Os magistrados ressaltaram o fato de ele ter doado R$ 40 para a campanha de uma candidata do PT no Paraná no pleito ado e de, em fevereiro deste ano, ele ter se tornado alvo de investigação da Polícia Federal por doações feitas à campanha de Lula.
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