O secretário de políticas para formação e ações estratégicas, Marcelo Morales, explicou a diferença entre as duas fases de testes clínicos da nitazoxanida. “O protocolo que está em andamento é com o paciente que tem pneumonia. Tem tosse, febre e tomografia em vidro fosco. Esse paciente está apto para entrar no protocolo. O segundo [protocolo] será com pacientes que testaram positivo, para evitar que cheguem à tempestade inflamatória, que leva ao agravamento da doença”, disse.
O diretor do Hospital das Forças Armadas (HFA), Brigadeiro Doutor Geraldo José Rodrigues, reforçou que a substância é segura, e que já foi usada para tratamento de epidemia de rotavírus, além de já ter sido testada para o Sars-Cov1 e também para hepatite C.
A nitazoxanida começou a ser testada em fevereiro, junto de mais de 2 mil substâncias, e ficou entre as cinco mais promissoras verificadas por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materias (CNPEM). Segundo Pontes, os testes laboratoriais in vitro apresentaram resultados muito positivos, inibindo até 94% da carga viral do coronavírus. Para o ministro, a vantagem da nitazoxanida é que não causa reações adversas, mas ele mesmo ressalta que é preciso seguir os protocolos clínicos da pesquisa para confirmar a eficácia da substância.
Atualmente, são 17 hospitais que participam dos testes com a nitazoxanida, distribuídos pelos estados de São Paulo (6), Rio de Janeiro (4), Distrito Federal (2), Minas Gerais (2), Amazonas (1), Pernambuco (1) e Paraná (1).
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