Paes nomeou Brazão para comandar a Secretaria Especial de Ação Comunitária (Seac) em 2023 e o exonerou em fevereiro deste ano, e diz que falhou na avaliação do risco que a escolha representava. 452p1j
“Foi um erro da minha parte colocar no governo uma pessoa que tinha suspeita no caso. É óbvio que posso aqui ter todas as desculpas do mundo, foram seis anos [de investigação] e todo mundo já tinha sido acusado de tudo, mas errei. O mais importante quando se erra é consertar o erro”, afirmou Paes durante um evento no sábado (30).
A indicação de Chiquinho Brazão como secretário municipal foi parte de um acordo político entre Paes e o Republicanos, com o intuito de obter apoio nas eleições municipais. A nomeação ocorreu em outubro de 2023, porém, após a operação da Polícia Federal que resultou na prisão do deputado, Eduardo Paes exonerou diversos aliados da família Brazão que ocupavam cargos na Seac.
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Ricardo Martins David, conhecido como Ricardo Abraão, que havia substituído Chiquinho como suplente da pasta, foi um dos exonerados. A secretaria foi assumida por Marli Peçanha, subprefeita de Jacarepaguá.
Chiquinho Brazão, que já havia pedido exoneração do cargo em fevereiro após ter o nome citado em delação, é irmão de Domingos Brazão, também suspeito de envolvimento no caso Marielle. Domingos, que tem foro privilegiado como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), foi preso junto com Chiquinho e o ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, por suspeita de obstrução das investigações.
Apesar da exoneração dos aliados da família Brazão, Eduardo Paes reiterou o compromisso do governo em manter os “melhores quadros” e em não compactuar com irregularidades. O prefeito destacou que o episódio serve como aprendizado e reforçou a necessidade de corrigir os erros cometidos.