Ainda assim, dentro do edifício principal, os manifestantes ocuparam e destruíram praticamente todo o andar térreo – onde ficam o plenário e salões anexos, com obras de arte e monumentos simbólicos da Justiça –, bem como o segundo, onde ficam salas da direção-geral do STF e de outros setores istrativos, e da área de comunicação social. O gabinete da presidência, no terceiro andar, também foi alcançado e parcialmente destruído. 6v2c4t
Câmeras fixadas nas paredes internas do prédio, principalmente no primeiro andar, mostram detalhes da depredação. Entre o Salão Branco e o plenário há um corredor com armários onde ministros guardam livros e suas togas. Todas foram levadas, mas uma delas foi encontrada com um homem que circulava dentro e acabou preso pela polícia legislativa. No dia das manifestações, circulou nas redes uma porta com uma placa com o nome de Alexandre de Moraes – era desse armário, onde ele guardava a vestimenta. Veja abaixo:
Outro vídeo, do Salão dos Bustos, na parte da frente do prédio, mostra o homem que furtou a cópia do volume original da Constituição, erguendo-a para mostrar aos demais invasores. Veja:
Outra gravação, que capta local de uma das entradas laterais do plenário, registra que um dos manifestantes pegou uma mangueira de incêndio para jogar água na obra “Os Bandeirantes de Ontem e de Hoje”, do artista Masanori Uragami. Veja:
Outra imagem, de dentro do plenário, mostra que a mesma mangueira foi usada para encharcar a área onde ficam assentos de visitantes. Neste e em vários outros vídeos é possível ver indivíduos que atiram objetos contra as câmeras na tentativa de interromper as gravações. Veja:
Na perícia realizada no prédio, técnicos e policiais concluíram que os danos ultraam R$ 5,9 milhões. O valor já foi reado à Advocacia-Geral da União (AGU), responsável por processar os invasores na Justiça para cobrar deles indenização. A Polícia Judicial do STF trabalha agora na identificação de cada um a fim de abastecer um dos inquéritos conduzidos por Alexandre de Moraes. Durante o ato, oito invasores foram presos dentro da Corte.
A avaliação interna é de que faltou comando para direcionar melhor os policiais militares e que o efetivo maior chegou a demorar. O edifício só foi retomado quando chegaram ao local homens do COT, unidade especial da PF, e também do Bope da PM. Durante o ato, nenhum tiro de arma de fogo foi disparado e policiais também não acharam vestígios de balas atiradas por manifestantes. O setor de segurança institucional do STF já elabora planos para reforçar a proteção física e uma das propostas que já tem consenso é blindar as vidraças.