Weverton Rocha afirmou, ainda, que não deve encontrar resistência à indicação na base evangélica do Senado, dizendo que Dino sempre teve uma boa relação com esta denominação religiosa mesmo quando era governador do Maranhão. Este é um ponto de atenção do governo na articulação para encaminhar o ministro ao STF. 5m651k

“Essa rejeição, vamos dizer assim, ela acaba não sendo generalizada até porque ele sempre teve uma postura muito aberta de família, franca, agenda de costumes. Ele ainda como governador sempre teve postura contra o aborto, posições muito claras que vão de encontro com a agenda que a igreja defende”, ressaltou citando a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que também é evangélica e é favorável a Dino.

Apesar de trabalhar com uma ampla margem de votos no teto, Rocha reconhece que Dino deve enfrentar resistência durante a CCJ por conta do perfil combativo que adotou nas audiências das sessões em que participou anteriormente.

“Tem que se ter a clareza de que o Flávio Dino cumpre uma tarefa no momento aonde ele ocupa uma função”, disse citando o tom mais duro adotado principalmente nos desdobramentos dos atos de 8 de janeiro, que exigiu uma resposta mais contundente aos parlamentares.

No entanto, afirma, esta era a função de Dino como ministro. “Ele compreende que, em ele saindo do ministério e indo para o STF, lá ele é o defensor da Constituição e não de um grupo”, ressaltou.

Após a leitura do relatório de Rocha na sessão desta quarta (6), o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), vai dar vista coletiva de uma semana para os senadores analisarem o texto. Na volta, na próxima quarta (13), ele vai definir o formato da sabatina, se será individualmente com Dino ou simultânea com Gonet, algo que já vem sendo articulado para acelerar a votação na comissão e encaminhamento ao plenário do Senado.