Ainda segundo a proposta, o fim dos “gatilhos” que garantiam reajustes automáticos dos salários, previsto no projeto, deve dar mais previsibilidade para o governo no gerenciamento dos aspectos orçamentários e financeiros. 1z4l2b
Durante a votação, o deputado Professor Lemos (PT), líder da Oposição, classificou a proposta como um “cavalo de Troia”. “Este projeto é um ‘presente de grego’. O Governo não está cumprindo a lei e não está pagando o piso nacional. E está perdendo na Justiça. E agora quer pagar do jeito que ele quer", afirmou. "A lei diz que precisa pagar o piso no início da tabela e repercutir na tabela inteira, alcançando inclusive os aposentados. O projeto remete para decretos futuros a tabela salarial, acabando com a tabela salarial, deixa para o governador fazer a tabela que ele quiser. Por esta proposta, em dez anos os professores de final de carreira, que hoje têm o teto salarial, todos estarão no piso”, complementou.
Pelo lado do governo, o deputado Hussein Bakri (PSD) classificou o projeto como importante para o futuro do magistério. Segundo o líder do governo, as emendas vão aprimorar o texto original. “Conseguimos avanços importantes, principalmente na questão do adicional noturno. Na questão do vale transporte, estamos seguindo uma determinação do Tribunal de Contas, que não permite o pagamento do benefício nas férias e no 13º salário. Mas a carreira dos professores está mantida. O projeto foi debatido nas comissões e será melhorado, com certeza. Fomos até onde foi possível ir em relação às emendas. Mas tenho certeza de que estamos fazendo o melhor”, destacou.
A APP-Sindicato, entidade que representa os trabalhadores das escolas estaduais do Paraná, protesta desde segunda-feira (13) em frente à Alep contra os reajustes salariais propostos pelo governador. A expectativa do sindicato é manter a mobilização até a nova votação da proposta, nesta quarta-feira (15).