“A influenza aviária é uma doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Doença viral altamente contagiosa que afeta várias espécies de aves domésticas e silvestres e, ocasionalmente, mamíferos como ratos, gatos, cães, cavalos, suínos, bem como o homem”, esclareceu o Ministério da Agricultura. 1v4m2q
A doença pode ser classificada em duas categorias: influenza aviária de baixa patogenicidade – IABP, que geralmente causa poucos ou nenhum sinal clínico nas aves; e a influenza aviária de alta patogenicidade – IAAP, que pode causar graves sinais clínicos e altas taxas de mortalidade. "A influenza aviária é uma doença de distribuição mundial, com ciclos pandêmicos ao longo dos anos, e com graves consequências ao comércio internacional de produtos avícolas. Em maio foi detectada pela primeira vez em território nacional, diagnosticada em aves silvestres – o que não compromete a condição do Brasil como país livre de IAAP para o comércio”, explicou o Mapa.
O vírus de influenza aviária apresenta alta capacidade de mutação e, consequentemente, de adaptação a novos hospedeiros. A possibilidade de transmissão desses vírus entre os seres humanos pode representar um alto risco para a população mundial.
Atualmente, os principais fatores que contribuem para a transmissão da influenza aviária são as aves migratórias/silvestres, a globalização e comércio internacional com o intenso fluxo de pessoas ao redor do mundo e mercados/feiras de vendas de aves vivas (no Paraná essas feiras estão proibidas), explicou o Ministério da Agricultura, que pede a aplicação de medidas de biosseguridade nos estabelecimentos avícolas para limitar a exposição de aves domésticas a aves silvestres, principalmente migratórias e/ou aquáticas.
“Essa é a principal medida de mitigação de risco para introdução do vírus da influenza aviária no plantel avícola nacional, e consequentemente, para diminuir o risco de evolução do vírus para formas altamente patogênicas e recombinação com componentes de outros vírus de influenza para formar vírus que podem não apenas infectar seres humanos, como ser transmitidos entre seres humanos”, completou o órgão federal.
Nas aves, a gripe aviária é de fácil contágio. Apresenta início súbito acompanhada por dificuldade de locomoção, presença de edema (inchaço) na crista, barbela, articulações e pernas; hemorragia nos músculos; diminuição e alterações na produção de ovos (casca mais fina); morte rápida e repentina, às vezes sem manifestação de qualquer sintoma clínico.
Nos humanos, qualquer sintoma peculiar à doença precisa ser imediatamente reportado ao serviço de saúde, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os principais sintomas estão dificuldade para respirar, conjuntivite, febre, dor no corpo e outros sintomas gripais. Pessoas com alto risco de complicações da influenza aviária (imunodeprimidos, acima de 60 anos e portadores de doenças crônicas cardíacas ou pulmonares) devem evitar trabalhar com aves, em caso de surto.