O prefeito foi responsável também pelas primeiras ações de “embelezamento urbano”, como os adornamentos das praças Carlos Gomes e Eufrásio Correia, além de reformas na Osório e Santos Andrade, que naquela altura recebia as obras da Universidade Federal do Paraná (UFPR) – a instituição foi fundada em 1912, mas funcionava em imóvel na Comendador Araújo antes de o prédio imponente em que funciona até hoje ser erguido. Uma das obras mais emblemáticas foi a reforma do eio Público que, sob sua gestão, ganhou coreto, o portão (inspirado em um modelo parisiense), túneis, grutas e a cerca de cimento que imita troncos de madeira.
A algumas quadras do eio Público, outra de suas maiores marcas ainda apreciáveis na cidade. Cândido autorizou, em 1914, a construção do Paço da Liberdade, prédio neoclássico na Praça Generoso Marques que serviria como sede do Executivo municipal pelas décadas seguintes (até 1969). Curiosamente, o prefeito não aproveitou aquela moderna estrutura para a época. O Paço só foi inaugurado em 1916, pouco após sua saída do cargo. Hoje, o prédio está restaurado e é tomado como Patrimônio Histórico Nacional pelo Iphan.
Registros históricos indicam ainda que o prefeito teve o primeiro carro oficial da cidade. Ele veio com os primeiros caminhões de prestação de serviços nas ruas da capital. Em uma de suas publicações na coluna Nostalgia, da Gazeta do Povo, o jornalista e fotógrafo Cid Destafani (falecido em 2015), relembrou que “para armazenar as latas de combustível foi construído um depósito para os lados do Prado do Guabirotuba, prédio hoje denominado Teatro Paiol”.
A segunda agem de Cândido de Abreu pela prefeitura foi sua última incursão política. O engenheiro prefeito faleceu dois anos após sua saída, em fevereiro de 1918, aos 62 anos.
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