O governo do Estado afirma que não mantinha contrato com o proprietário ou operador da aeronave em questão e desconhecia o fato de que os servidores viajariam com ela. De acordo com a assessoria do governo do Paraná, aos servidores do Estado é oferecida a opção de deslocamentos em viagem por carros do governo ou voos comerciais.

Quanto a uma possível apuração em paralelo sobre o caso, que busque os motivos de os servidores terem viajado na aeronave que segue desaparecida, o governo informa que, por hora, concentra esforços nas buscas do avião e que não há investigação nesse sentido em andamento.

De qualquer maneira, se o avião desaparecido tiver de fato sofrido um acidente, o caso será considerado acidente de trabalho e o Estado deverá arcar com as responsabilidades previstas em lei para com os próprios tripulantes ou suas famílias, segundo o advogado Antonio Carlos de Freitas Junior, mestre em direito constitucional pela Universidade de São Paulo (USP).

Equipes percorrem região da Serra da Prata em busca do Piper Arrow: vista dá ideia da dificuldade em achar pistas da aeronave. (Foto: Divulgação/BPMO)

Os tripulantes

Na aeronave iam para uma reunião de trabalho os servidores lotados na Casa Civil do Estado Heitor Genowei Junior e Felipe Furquim de Oliveira. Genowei Junior foi recentemente nomeado diretor-presidente do serviço social autônomo Viaje Paraná, que substituiu a extinta autarquia Paraná Turismo. A nomeação foi publicada na edição de quinta-feira da semana ada (29) do Diário Oficial do Estado.

Já Furquim de Oliveira atuou anteriormente no escritório do Instituto Água e Terra (IAT) em Umuarama (cidade de onde partiu a aeronave), vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná, ando à diretoria da secretaria em 2022. Este ano, assumiu uma diretoria na Casa Civil do Estado.

Na noite desta quinta (6), em Umuarama, cidade onde vivem os tripulantes, uma missa foi realizada por amigos e familiares. Em entrevista ao telejornal Boa Noite Paraná, da RPC TV, o pai de Felipe Furquim, Geraldo Magela de Oliveira, disse que na noite antes da viagem conversou com o filho por telefone. Ele relata que Felipe estava feliz em irem de avião a Paranaguá, já que a viagem seria feita de ônibus. Assim, chegariam mais rápido e ele aria a noite em casa com a família.

Buscas

As buscas pelo avião desaparecido entraram nesta quinta (6) no 4º dia. Segundo o governo do Estado, além das buscas aéreas pelas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), equipes do Corpo de Bombeiros procuram em terra dentro da mata.

Três equipes foram infiltradas na floresta após um helicóptero conseguir pousar na região conhecida como Torre da Prata. Nesta tarde, elas seguiram em direção a sudoeste, em uma área delimitada pela FAB. Uma destas equipes também faz a varredura com drones no local.

A aeronave decolou de Umuarama, Noroeste do Estado, rumo a Paranaguá, no Litoral, por volta das 7h50 de segunda (3). O último sinal do monomotor foi às 10h14min, na região da Limeira, atrás da Serra da Prata, em Guaratuba, cidade litorânea do Estado.

O piloto, Jonas Borges Julião, teria pedido informações sobre locais alternativos para pouso devido às condições de visibilidade antes da perda do sinal da aeronave nos radares da Aeronáutica, segundo o Corpo de Bombeiros do Paraná.

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