No fim de 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da Bolívia autorizou a candidatura do presidente Evo Morales e de seu vice, Álvaro García, para as eleições de 20 outubro de 2019, permitindo que eles disputem o quarto mandato consecutivo. A decisão da justiça eleitoral está alinhada à do Tribunal Constitucional Plurinacional da Bolívia (a Suprema Corte do país), que em novembro de 2017 autorizou Morales a concorrer ao quarto mandato nas eleições de 2019 ao retirar limites para a reeleição. Na época, os magistrados acolheram uma ação de inconstitucionalidade do partido governista, o MAS (Movimento ao Socialismo), cujo o argumento era de que os limites legais para a reeleição violavam o sufrágio universal.

A oposição classificou a decisão da suprema corte como uma prova de que a justiça da Bolívia havia se tornado “um instrumento do MAS para deixar impune a corrupção, violar os direitos humanos e vulnerar a Constituição.

Novas eleições e renúncia

Evo Morales, foi eleito no primeiro turno para um quarto mandato no dia 24 de outubro, após uma contagem de votos que provocou protestos pelo país. A apuração da eleição presidencial da Bolívia foi alvo de acusações de fraude e de críticas da comunidade internacional. Neste domingo, Morales chegou a anunciar a convocação de uma nova eleição. Mas, pressionado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e pelas Forças Armadas, decidiu renunciar.

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