Os laureados são a física sa Anne L’Huillier, que trabalha na Universidade Lund, na Suécia; Pierre Agostini, físico experimental francês que trabalha na Universidade Estadual de Ohio, EUA; e o físico húngaro-austríaco Ferenc Krausz, no Instituto Max Planck de Óptica Quântica, Alemanha. Krausz é o mais jovem, aos 61 anos, L’Huillier tem 65 anos, e Agostini é o mais velho, aos 82.

O prêmio reconhece 36 anos de trabalho que começaram com Anne L’Huillier, que descobriu um comportamento interessante de raios laser infravermelhos quando ados por gases nobres. Os ciclos de pulsos do laser poderiam ser quebrados em outros ciclos com esse método. As diferentes frequências saíam “misturadas”, então o próximo o era reforçar algumas e cancelar outras.

No começo do milênio, Pierre Agostini conseguiu isolar pulsos de luz em que a duração de cada pulso era de 250 atossegundos. Concomitantemente, Ferenc Krausz, com experimentos completamente diferentes, chegou a pulsos com duração de 650 atossegundos.

Nessa minúscula escala de tempo, graças aos três cientistas hoje é possível individualizar fenômenos extremamente efêmeros antes impossíveis de se observar. Agora a física dos atossegundos permitirá algo como a câmera mais lenta do Universo para observar o que fazem os elétrons. As aplicações vão do entendimento de materiais aos diagnósticos médicos. Krausz, por exemplo, já está interessado em usar os pulsos de luz para observar células do sangue e detectar estágios prematuros do câncer de pulmão.

Nas redes sociais, as contas do prêmio Nobel mostram que a professora L’Huillier estava em um intervalo de aula quando soube da notícia por telefone. Depois da ligação, ela voltou para a sala de aula e continuou a lecionar.

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