Do lado brasileiro, o senador Celso Russomano (Republicanos-SP), vice-presidente da representação brasileira no Parlamento do Mercosul, convidou os eurodeputados a conhecerem a Amazônia “para entender melhor o que se a lá antes de cobrar de nós a intensificação do carbono zero”. 6a1373
Em relação aos aditivos de sustentabilidade pretendidos pelos parceiros europeus, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que preside a representação parlamentar no Mercosul, enfatizou que é prudente “não reabrir acordos amplamente negociados”. “Conforme o tempo evolui, a situação muda. Se formos refazer a toda hora o que foi acordado, não vamos avançar. Pedimos celeridade nesse processo”, defendeu.
Para Vargas, da FGV, o que está em jogo são “as portas do futuro”. “O Brasil tem que defender, para começo de conversa, a sua realidade. E a partir daí também defender os seus interesses. O verde não é só uma cor, é um critério que vai definir quem tem maior ou menor possibilidade de crescimento com sustentabilidade”, sublinha.
O tratado com o Mercosul, se efetivado, estabelecerá a maior área de livre comércio com o bloco europeu, abrangendo 780 milhões de pessoas. A previsão é zerar em dez anos as tarifas de 92% dos produtos enviados pelo bloco sul-americano para o europeu, e de 91% dos mandados de lá para cá. Para itens considerados sensíveis, como carros e autopeças, esse prazo será de 15 anos.
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