Ela lembrou que foi eleita com a bandeira da defesa dos direitos dos animais. “É uma pena, mas tentaram calar minha voz; espero que não consigam”, afirmou, sem dizer a quem se referia. “Fui eleita por uma causa e foi por ela que lutei nestes três anos e oito meses de mandato.” 2n3i6n
“Em nenhum momento me apropriei do que não é meu. Em nenhum momento fui corrupta. Em nenhum momento fiz as coisas das quais estou sendo acusada”, se defendeu. “Eu não sei a quem interessa tanta maldade, mas o que fizeram foi muito cruel: minha vida foi investigada, minha casa foi invadida, minha liberdade, tolhida, estou tomando vários medicamentos e ainda assim estou engasgada”, disse.
“Quem é da proteção animal sabe que a gente tem que se doar. E as pessoas que não podem se doar, não podem adotar, ir a um evento de doação, ser voluntário, doam através de rifas, de leilões, de doações mensais – a gente chama de padrinhos e madrinhas”, afirmou.
Áudios revelados pelo telejornal Meio Dia Paraná, da RPC TV, na última sexta-feira (14), mostram Fabiane pedindo parte dos salários de ex-assessoras com a justificativa de que o dinheiro seria destinado à causa animal. As gravações seriam de 2018, segundo as investigações do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
“Vocês têm os salários maiores do gabinete... Eu quero pedir que vocês também colaborem aí com um valor todo mês porque eu não tenho o que fazer, não tenho o que fazer”, teria dito a vereadora em uma conversa gravada. Uma assessora responde: “Me ira você falar isso porque a tua fala era totalmente contra. Agora é tudo normal”. Fabiane se justifica: “Não, não é normal, mas é... mas é a causa”.
No discurso na Câmara Municipal, a parlamentar disse que vai provar ser inocente. “As denúncias contra mim falam muito mais sobre os denunciantes do que sobre mim. A gente vai conseguir provar. O crime que cometi foi amar demais os animais e ser a voz deles.”
Além da denúncia que corre em segredo de Justiça, Fabiane também é alvo de uma representação na Câmara Municipal. Na última sexta-feira (14), o corregedor da Casa, Mauro Ignácio (DEM) encaminhou ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar os resultados de uma sindicância realizada ao longo de 11 dias com pedido de perda de mandato da vereadora.
A parlamentar também responde a um processo interno no diretório municipal do PSD, que pode levar à sua expulsão do partido. Enquanto o caso não é encerrado, ela está temporariamente suspensa da legenda.