Em São Paulo, a cidade mais congestionada do Brasil, os motoristas aram o equivalente a 154 horas no trânsito (6,4 dias), e a velocidade média no centro foi de apenas 16 km/h (ou 10 milhas/h).
No geral, a posição de Curitiba no ranking das 200 cidades mais congestionadas do mundo é 43ª. Também aparecem no ranking mundial Moscou (1º), Istambul (2º), Bogotá (3º), México (4º) e São Paulo (5º).
Dentre as brasileiras, são listadas também Rio de Janeiro (7º), Belo Horizonte (18º), Brasília (44º), Porto Alegre (48º) e Campo Grande (67º). A empresa usa informações de 300 milhões de fontes diferentes, incluindo dados de vias, transporte público, estacionamento, gasto de combustível, pontos de interesse e outros.
A Superintendência de Trânsito de Curitiba (Setran) não faz um monitoramento de congestionamento como o da INRIX ou da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo, por exemplo, mas faz uma contagem do fluxo de veículos com base nos radares de velocidade instalados em alguns cruzamentos da cidade. O monitoramento da pasta, porém, não registrou aumento no fluxo, mesmo em um cenário de frota crescente e ampliação do serviço de carros por aplicativo.
Segundo Pedro Darci, diretor de operações do órgão, as reclamações registradas pela prefeitura dizem respeito a problemas pontuais do trânsito, como a inauguração de um novo empreendimento ou obras em determinadas ruas – a não ser pela Linha Verde, que registra crescimento constante de tráfego entre Curitiba e Fazenda Rio Grande.
Em maio de 2019, o número de veículos que aram pela Brigadeiro Franco com a Comendador Araújo registrou alta de apenas 0,6% ao registrado em maio de 2018. Por outro lado, na Sete de Setembro com o início da José Alencar, após a trincheira, houve queda de 10% no fluxo.
Na região central de Curitiba, porém, o que se vê é estabilidade, relata Darci. “O que aconteceu é que as pessoas mudaram a forma de se locomover. Migraram do carro próprio para o aplicativo, e uma coisa compensou a outra. Além disso, no último ano, bicicletas e patinetes compartilhados também contribuíram para as pessoas mudarem a forma de locomoção”, observa.