São essas questões que fazem com que ela e o marido, Fernando Seifert, criem suas próprias tradições. Seja o café da manhã do aniversariante ou ter um tempo de qualidade com cada filho individualmente, têm feito parte da rotina familiar desde a chegada do primeiro filho, o Gabriel. A cozinha, inclusive, é um lugar de referência para esta família manter tradições. Sempre que possível, a Karol e os meninos preparam juntos um pãozinho alemão, o Einback, seguindo a receita ensinada pela bisavó.

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Karol reforça que esse é um papel importante da mãe. “ Muitas vezes, nós somos as guardiãs de uma herança familiar riquíssima, responsáveis por manter viva a história da família com receitas tradicionais, histórias e eventos”, diz. “Nós desempenhamos um papel vital na criação de um senso de identidade, pertencimento na família e transmissão de valores fundamentais como a fé”, completa.

Cultura, idioma e tradições familiares mantidas fora do país

Esse papel de guardiã de tradições familiares e cultura local, e de propagadora delas, é ainda mais necessária quando se está longe da terra natal. Esther Amaral Gutjahr, de 34 anos, e o marido Jhonattan Gutjahr moram há dois anos e meio na Inglaterra. Quando eles chegaram ao país, o filho mais velho, Isaque, estava prestes a completar 7 anos, e o mais novo, Vicente, tinha 2 anos e 9 meses. Hoje o casal tem também a pequena Elisa, de 1 ano.

Estar em uma nova cultura, com um novo idioma e nova rotina, fez com que a Esther buscasse ainda mais reforçar os laços dos meninos com o país em que nasceram e com a família no Brasil. Em casa, a língua oficial é o português, seja para conversar, para ler e até mesmo para brincar. Nem mesmo a Elisa, que nasceu em terras britânicas, foge desse princípio. “Esse é o nosso idioma afetivo.

Os meninos só falam em português quando estão brincando, mesmo que estejam em meio a crianças que só falem inglês. Inclusive as brigas entre os dois são em português”, conta rindo.

O reforço da cultura brasileira em casa tem como ferramenta a alimentação, que é feita essencialmente com preparos brasileiros, e uma outra tradição: a leitura de livros em português, em voz alta, quando toda a família se reúne para descansar. “Sendo sincera, não é fácil manter um bom nível de fluência e boa oratória em português, porque eles têm a exposição só em casa. Por isso somos intencionais para que eles não percam nosso idioma materno”, diz.

A maior prova de que as tradições têm sido bem mantidas pela família foi a recente visita deles ao Brasil. Esther conta que o Vicente não tinha memórias reais do país, porque saiu daqui muito novo, mas por ouvir tantas histórias sobre os avós, tios e primos, a viagem foi gratificante.

“Eles não estranharam, pelo contrário, pareceu que nunca estiveram fora. O que me deixou muito feliz, pois me questionava muito se eles já eram mais ingleses que brasileiros. Parece que eles estão encontrando um equilíbrio”, finaliza Esther.

*Próxima leitura: “Sobra menos tempo para o próprio ego”: o exemplo de generosidade das mães de famílias numerosas

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